
Eu conheci várias bruxinhas durante minha vida. A primeira e a mais importante teve muita influência na minha vida. Era a minha avó. Ela não era uma bruxinha no sentido de velha rabugenta com verruga no nariz, era uma bruxinha no sentido de conhecer profundamente a natureza e os sentimentos humanos. Ela seguia seus instintos e se guiava pelos ciclos da Lua. Reparava em tudo o que acontecia a sua volta, sabia se ia chover ou fazer sol, se ia esfriar, se ia chegar visita. Supersticiosa até os ossos, ela adorava uma simpatia e um ditado popular: "Neblina baixa, Sol que racha"ou "céu pedrento é chuva ou vento". E era batata, tudo o que ela falava acontecia. Se caía uma faca de ponta no chão, era sinal de briga; se a visita não ia embora, era só colocar uma vassoura atrás da porta.
Certo sábado tranquilo, sentada na varanda ela me disse: "Seu irmão vai nascer, de hoje não passa." E eu pergunte: "Como você sabe, vó?"

Ela respondeu: "As Luas, já se passaram nove Luas." Na madrugada daquele dia meu irmão nasceu. Na época não entendi o que esse papo de nove Luas, só depois fui entender isso. Só muito tempo depois descobri esse dom da minha avó.
E tudo o que ela sabia era conhecimento adquirido da vida, observando a natureza, colocando a mão na massa e mexendo o dia todo na terra. e que mãos!! Tudo o que ela plantava brotava. Se estava sem vida, ela dava vida. Era a vó Tistu. (Tistu = menino do dedo verde - livro que li quando tinha 10 anos, onde ele colocava o dedo nascia uma planta).

Antes do modismo, eu já comia rúcula do seu quintal, fresquinha e picante, deliciosa!
Mesmo quando não tinha espaço ela dava um jeito e fazia uma horta nos vasos do quintal. Plantava rúcula, agrião, alface, salsinha, cebolinha e outras.
Eu sinto saudades da minha avó, que me bajulava, me tratava com muito carinho e sempre me dizia: "você é minha neta predileta!"
Certo sábado tranquilo, sentada na varanda ela me disse: "Seu irmão vai nascer, de hoje não passa." E eu pergunte: "Como você sabe, vó?"

Ela respondeu: "As Luas, já se passaram nove Luas." Na madrugada daquele dia meu irmão nasceu. Na época não entendi o que esse papo de nove Luas, só depois fui entender isso. Só muito tempo depois descobri esse dom da minha avó.
E tudo o que ela sabia era conhecimento adquirido da vida, observando a natureza, colocando a mão na massa e mexendo o dia todo na terra. e que mãos!! Tudo o que ela plantava brotava. Se estava sem vida, ela dava vida. Era a vó Tistu. (Tistu = menino do dedo verde - livro que li quando tinha 10 anos, onde ele colocava o dedo nascia uma planta).

Antes do modismo, eu já comia rúcula do seu quintal, fresquinha e picante, deliciosa!
Mesmo quando não tinha espaço ela dava um jeito e fazia uma horta nos vasos do quintal. Plantava rúcula, agrião, alface, salsinha, cebolinha e outras.
Eu sinto saudades da minha avó, que me bajulava, me tratava com muito carinho e sempre me dizia: "você é minha neta predileta!"
2 comentários:
gosto muito dos seus textos
Hello San,
finalmente entrei no seu blog, e gostei bastante dos seus textos, acho que voce tem talento (sem puxar saco da sogra), mas 'e serio, eu li e ate da vontade de refletir e escrever tambem. ;D
ate mais entao, abraco do genro mais chato e inconviniente
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