sábado, 30 de outubro de 2010

A liberdade


Gente, eu voltei! Renasci das cinzas, das profundezas do mar sem fim, do além...calma, eu não morri, apenas fiquei sem escrever por falta de inspiração. É que o meu "mojo" is back, è ritornato, faz algum tempo.
Amanhã é dia das bruxas e, como adoro tudo que é macabro, não podia deixar de lembrar. A TV está passando diversos filmes de terror, alguns maravilhosos, outros muito bobos. Eu gosto mesmo é de filmes com espíritos, filmes com monstros e violência não são aterrorizantes. Acho que o melhor filme de terror que vi foi REC. Gostei também de Bruxa de Blair, Poltergeist, Alien, os filmes japoneses de terror são ótimos e, não podia deixar de falar no clássico "O Iluminado".
É difícil levar uma vida macabra aqui em Brasília com esses dias claros e ensolarados, eu sinto falta dos dias nublados, chuvosos e frios.Ah, tem os políticos, mas não quero falar sobre isso.
Essa semana eu vivi uma crise existencial, como Sartre descreveu muito bem. Aliás, é a linha filosófica que mais se encaixa com os meus pensamentos e jeito de ser. Eu sempre estou questionando os motivos da minha existência e, percebi que a liberdade é ótima, mas, ao mesmo tempo, é a maior causadora das angústias humanas.Jean-Paul Sartre dizia que a angústia surge no exato momento em que o homem percebe a sua condenação irrevogável à liberdade, isto é, o homem está condenado a ser livre, posto que sempre haverá uma opção de escolha: mesmo diante de A, posso optar por escolher não-A. Ao perceber tal condenação, ele se sente angustiado em saber que é senhor de seu destino.O autor conclui que "a existência precede a essência", ou seja, que o homem está "condenado a ser livre" e essa liberdade é que trará a angustia.
Vou explicar melhor: eu vivi parte da minha vida sendo direcionada pelos meus pais, depois eu tinha muitos filhos para criar e não me sentia livre para fazer o que queria. Agora, longe dos meus pais e com os filhos crescidos, estou livre para fazer o que eu quiser. Mas esse é o problema: o que eu quero? Isso, às vezes, dá uma sensação de vazio que é preenchida com amenidades, tipo compras, drinks e comidinhas. Depois vem a culpa, no espelho, na fatura do cartão de crédito e na saúde.E o vazio continua lá, mesmo com toda a liberdade do mundo, o que fazer? Parece que é isso que eu vim buscar aqui nesse planeta. Com toda a minha subjetividade, inúmeras sessões de terapia e o poder de dramatização, eu também estou buscando. Claro, com o sangue de italiano que tenho não podia deixar de fazer um drama, né? E tem coisa melhor? Pois é, eu estou buscando, assim como grande parte da humanidade. Se eu vou encontrar algumas coisa ou se eu vou me encontrar, só o tempo dirá. Arrivederci!

2 comentários:

Barbara Quinto disse...

Você não devia ter medo de engordar. Hoje em dia as pessoas não estão muito aí para a sua aparência. Desde que você seja uma pessoa agradável e sociável. Aliás, você me ensinou a vida toda a não ligar para a opinião dos outros e você está se preocupando com isso. Se você não sabe o que fazer, não é ficando parada em casa que você vai descobrir. Vai viajar, vai conhecer lugares diferentes... Você fala que se sente presa, mas você não faz jus a sua liberdade. Você tem que assisitir "Comer, rezar e amar" e você vai ver o que estou falando.

Camila Q. disse...

É, depois que vc fez 40 anos as coisas ficaram um pouco estranhas, não ficaram? vc anda mais inspirada, as vezes mais sensivel. sei lá. vc mudou, com certeza! e seu mojo voltou!!