
Quem teve avó sabe como isso é bom.
Contar com aquela pessoa que está sempre ao seu lado, sempre fazendo de tudo para te agradar, como um amor incondicional, que não reprime, não castiga, não culpa, não cobra.
Eu sempre fui mais ligada aos avós maternos. A minha vó Tita me influenciou muito, contribuindo em grande parte para a pessoa que sou hoje.
Lembro dela o tempo todo, a forma como cozinhava, as coisas que dizia, a maneira como fazia tudo para me agradar e me deixar feliz.
Ela foi um exemplo para mim, pois eu passava muito tempo com ela.
Hoje as vovós sào modernas, acessam a internet, trabalham, são elegantes, enxutas, sem rugas, com botox, plástica e silicones, cabelos tingidos, dirigem, namoram, e etcs mais.
Aquela vovozinha, como a minha, gordinha, de cabelos brancos e vestidos floridos, que ficava a disposição dos netinhos, fazia bolo, pão, conversava, contava histórias, não existe mais.

Nem aquele vovô que pescava com o neto, ensinava a andar de bicicleta, levava ao parque, ensinava coisas sobre a natureza, observava os passáros....
Nào estou dizendo que vovós e vovôs devem ser relaxados e deselegantes,eles podem ser arrumados, penteados, bem vestidos, magros e ativos, mas devem também ser atenciosos, amorosos e presentes na vida dos netos, afinal, eles tem muita importância na educação das crianças.
Meus filhos mais velhos ainda aproveitaram bastante as avós, em suas temporadas nas casas de praia da vó Gilda e vó Telma.
Mas nesse ponto não posso dizer o mesmo do Dante. Com 8 anos de idade ele quase não vê os avós. Tirando os primeiros 4 anos, período em que ele convivia bastante com a minha mãe e meu pai e eventualmente visitávamos os outros avós, agora que estamos longe, ele saiu perdendo.
Eu acho fundamental a participação dos avós na formação das crianças, pois eles são responsáveis por passar valores ainda não vividos pelos pais e por conceder aquele amor incondicional que só quem tem a paciência adquirida pelos anos vividos é capaz de dar.
É uma pena que a distância entre nós seja um empecilho para essa convivência familiar, prejudicada também pela ausência de primos, tios e irmãos menores.
Aqui somos só nós, mais ninguém.
Espero poder participar da criação dos meus netos, assim como a minha avó participou da minha, e poder contribuir para a formação das lembranças saudáveis e inesquecíveis dessas crianças que ainda não pertencem a este mundo.
E quem sabe os avós do Dante tomam coragem e vem morar aqui pertinho de nós?!
2 comentários:
seria o maximo!ah como eu gosto de ficar com a vó telma e vó gilda
Como diria o Dr Pedro: vó é mãe com açucar!!! É importante tê-las por perto.
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